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Não é novidade quando falamos que temos mais bactérias do que células próprias em nosso organismo. O que pode ser novidade para muitos é a maneira como as bactérias atuam mantendo nosso equilíbrio de saúde, sendo importantes responsáveis pela modulação do sistema imune, produção de vitaminas, manutenção da integridade da nossa barreira protetora intestinal, além de produzir mais de 80 % de um importante neurotransmissor: a serotonina. Hoje vemos as bactérias não apenas como agentes causadores de doenças mas como importantes promotores de saúde.
Alessandro Silveira ajudou a implantar, em parceria com a empresa Neoprospecta, no Ghanem Laboratório e Saúde em 2017 o primeiro teste de sequenciamento genético das bactérias intestinais no Brasil. Desde então, tem atuado na avaliação do microbioma intestinal, oferecendo esse teste à todos os médicos como uma ferramenta rotineira de sua prática clínica. Desde março de 2019 atua como consultor de microbioma na DASA.
Nunca foi tão discutido na mídia como agora, em época de pandemia, como é importante diagnosticar correta e precocemente uma doença infecciosa. Além de iniciar o tratamento mais rapidamente e com maior assertividade, diminuindo as taxas de morbidade e mortalidade associadas, também interrompemos a cadeia de transmissão, com importante impacto em saúde pública.
Desde 1997, quando encerrou a graduação, atua no diagnóstico microbiológico e sorológico das doenças infecciosas. A partir de 2015 iniciou na área de microbiologia molecular, utilizando técnicas de biologia molecular e sequenciamento genético, para detecção e tipagem de microrganismos.
Segundo estudo encomendado pela Organização Mundial de Saúde e realizado por Jim O´Neill (famoso economista britânico), em 2050 a resistência das bactérias aos antibióticos será a principal causa de morte no mundo, matando cerca de 10 milhões de pessoas ao ano. Estima-se que a cada 3 segundos uma pessoa morrerá por essa causa. Só para ter uma ideia, o câncer (segunda causa de morte) vitimará 8 milhões de pessoas ao ano. Mas por que chegamos à esse ponto? Como as bactérias podem se tornar resistentes à todos os antibióticos? Por que as empresas não produzem novos antibióticos? Por que qualquer pessoa está sujeita à este problema?
A detecção fenotípica e genotípica de mecanismos de resistência é fundamental para uma terapia antimicrobiana mais eficiente. Desde o início da vida profissional em 1997, tem atuado em laboratórios de análises clínicas, contribuindo de três formas principais:
1– ajustando processos internos, seja implantando automação em laboratórios de pequeno/médio portes ou otimizando técnicas sempre buscando a melhoria contínua;
2– atuando diretamente com os médicos, auxiliando na interpretação nos cada vez mais complexos laudos de antibiograma;
3– participando efetivamente dos serviços de controle de infecção hospitalar (SCIH), na validação de protocolos clínicos, discussão de casos e construção de perfis epidemiológicos.
As doenças infecciosas acometem a população em todas as fases da vida, levando à sofrimento físico e mental. Após doentes, não nos resta muito a não ser iniciar o tratamento, mesmo que muitas vezes apenas de forma paliativa. Mas com estratégias simples, podemos diminuir sua incidência: seja minimizando a exposição, melhorando as defesas do organismo ou mesmo facilitando a eliminação do agressor.
Desde 2019, através de palestras em eventos e através de materiais publicados em redes sociais, tem procurado contribuir com a população em geral a fim de evitar doenças infecciosas. Em 2021 lançará seu livro pela Editora Gente “O Lado Bom das Bactérias: O poder invisível que fortalece sua defesa natural para uma vida mais saudável, feliz e longeva”. Nessa obra irá demonstrar de maneira bem prática e acessível essas estratégias.
Por mais contraditório que possa parecer, com o avanço da medicina, as pessoas têm vivido mais, porém, com menos qualidade. Cada vez usam mais medicamentos para a “cura” dos seus problemas, procuram mais os médicos para tratar doenças que nem existem, negligenciam males que as estão deixando doentes, recorrem aos planos de saúde para a garantia que terão acesso à assistência em saúde de forma integral. Porém, não se preocupam em buscar as verdadeiras causas desses males, entender que quando o corpo sinaliza algo é por que está gritando por ajuda. Dependemos mais de medicamentos, seja para dormir melhor (calmantes), sentir menos dores (analgésicos e anti-inflamatórios), tratar infecções (antibióticos), amenizar processos alérgicos (corticoides), lidar com a depressão (antidepressivos) ou com a ansiedade (ansiolíticos). Estamos terceirizando nossa saúde.
Como farmacêutico sempre buscou auxiliar os médicos na prescrição de medicamentos, principalmente antibióticos, assim como prestando atenção farmacêutica aos usuários de medicamentos, alertando para os riscos de automedicação, mostrando como corretamente os medicamentos e informando sobre possíveis efeitos colaterais.